No final do ano de 2005, uma enorme nuvem negra, capaz de ser vista do espaço sideral, se espalhou pelo sul da Inglaterra e viajou através da Europa por dias, sendo causada pelo maior incêndio que esse continente sofreu desde a II Guerra Mundial. Foram necessários 5 dias até que as chamas desse incêndio fossem completamente extintas[1]. Apesar de mais de 10 anos terem passado, as informações provenientes do acidente de Buncefield ainda são muito relevantes na prevenção de acidentes catastróficos similares. […]
A RSE Consultoria, através do seu CEO, Américo Diniz Carvalho Neto, foi premiada com a Medalha Presidente Juscelino Kubitschek, entregue em premiação realizada pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC), em solenidade que ocorreu na noite do dia (26), no espaço Clube Piratininga, em São Paulo. […]
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Evento é realizado pelo Center for Chemical Process Safety (CCPS).
A RSE Consultoria é bronze sponsor da 8ª edição do Congresso Latino-Americano sobre Segurança de Processo, realizada pelo Center for Chemical Process Safety (CCPS). O evento, que acontece entre os dias 10 a 13 de setembro, em Buenos Aires (ARG), vai contar com a participação de palestrantes de alto nível, abordando questões técnicas sob o ponto de vista estratégico, gerencial e operacional.
Os interessados em inscrever papers têm até o dia 18 de junho para enviar o seu resumo, em inglês ou espanhol, através deste link. Entre as temáticas aceitas estão: Emergency Management and Stakeholder Outreach, Management of Change, Mechanical Integrity, Case Studies and Lessons Learned, Leadership and Culture, Process Safety Technology e Risk Identification and Management.
A realização do congresso está alinhada ao objetivo CCPS em prevenir graves acidentes, através da promoção de aprendizagem, assim como a melhoria contínua da segurança de processo nas organizações. Além disso, é a oportunidade dos profissionais do segmento na América Latina apresentarem suas contribuições, demonstrarem seu apoio à causa, além de comunicar a sua mensagem a especialistas e líderes do mercado.
Para maiores informações, acesse: https://www.aiche.org/ccps/conferences/ccps-latin-american-conference-on-process-safety/2018.
Com o tema “A Química do Futuro – Um Universo de Possibilidades e Desafios”, o 17º Congresso de Atuação Responsável será realizado nos dias 15 e 16 de agosto, no Novotel Center Norte, na capital paulista. O evento bienal reúne tradicionalmente mais de 500 profissionais de empresas nacionais e estrangeiras, representantes do governo, da academia, da sociedade civil, ongs e sindicatos, que se reúnem para debater sobre as boas práticas em saúde, segurança, meio ambiente e sustentabilidade.
A programação do Congresso AR terá uma sessão plenária e ao menos 12 salas temáticas em que serão debatidos temas como a Confiabilidade Humana, A Capacitação e os Desafios do Profissional de Emergência Frente às Novas Tecnologias, O Impacto da Reforma Trabalhista na Saúde e Segurança do Trabalho, além de outros temas relacionados à segurança de processos, atendimento à emergência e meio ambiente. Também serão realizados minicursos e uma feira com produtos e serviços voltados à sustentabilidade e segurança.
As empresas interessadas em conhecer os pacotes de patrocínio para o 17º Congresso de Atuação Responsável devem entrar em contato com o assessor de Marketing da Abiquim, Fernando Tavares, pelo telefone (11) 2148-4715 ou pelo e-mail fernando@abiquim.org.br.
Acidentes ocorridos em refinarias como na cidade do México em 1984, em Feyzin na França em 1966 e no Brasil na refinaria de Duque de Caxias em 1972 tiveram como cenários explosões catastróficas semelhantes, decorrentes do fenômeno conhecido como BLEVE. Este é um fenômeno que pode ocorrer quando um vaso que contém um líquido pressurizado ou um gás liquefeito pressurizado se rompe. […]
A RSE Consultoria, comprometida com a formação das futuras gerações, oferece descontos especiais para os cursos de Pós-Graduação e Extensão em Gerenciamento de Segurança de Processo, destinados a profissionais com até cinco anos de formação e alunos de graduação, respectivamente. O benefício chega a 42%, em oportunidades disponíveis nas modalidades presencial e EaD. […]
A RSE Consultoria, em mais uma iniciativa de ampliação da atuação em redes sociais online, lançou o seu perfil no Instagram durante o 1º Encontro de Troca de Experiências em Segurança de Processo do Center for Chemical Process Safety (CCPS) na Bahia, realizado na última segunda-feira (5), em Salvador. […]
Existem diferentes ferramentas de análise de risco qualitativas para a identificação de perigos e riscos para as plantas industriais. Cada técnica apresenta seus objetivos, benefícios, limitações e aplicabilidade.
Apresentamos abaixo uma ficha comparativa sobre as principais ferramentas de Análise de Risco para te auxiliar na seleção da técnica mais apropriada para o objetivo do seu estudo. Confira!
Diretrizes sobre quando devemos utilizar APPP, APPS, AST, What if, HAZOP
Técnica | Características | Utilização |
APPP ou APRP
Análise Preliminar de Perigos de Processo ou Análise Preliminar de Risco de Processo |
Ø Técnica utilizada para a identificação prematura dos perigos existentes em unidades industriais, e sua classificação em termos de frequência de ocorrência, severidade e risco
Ø Restringe-se, basicamente, em Pequena Liberação e Grande Liberação, com causas como Vazamentos ou Rupturas respectivamente Ø Classifica o cenário em termos de Frequência, Severidade e Risco, permitindo a hierarquização das Recomendações Ø Aborda somente problemas para segurança e meio ambiente |
Ø Parque de estocagem
Ø Plantas químicas ou petroquímicas, onde não há interesse em se estudar desvios de processo, e sim, ter uma visão geral dos perigos relacionados a vazamentos e Rupturas |
APPS
Análise Preliminar de Perigos para Serviços |
Ø Técnica utilizada para a realização de serviços, e sua classificação em termos de frequência de ocorrência, severidade e risco
Ø Empregada para análise de tarefas de manutenção e obras Ø Análise de Riscos de Acidentes Não Relacionados com o Processo Ø Possibilitam a utilização de análises anteriores como referência Ø Recomendações geradas pelas análises podem atuar sobre a causa ou efeito Ø Classifica o cenário em termos de Frequência, Severidade e Risco, permitindo a hierarquização das Recomendações Ø Deve ser realizada antes do início de cada serviço, inclusive como forma de planejamento Ø Avalia as influências geradas pelas vizinhanças Ø Aborda somente problemas para segurança e meio ambiente |
Ø Serviços como choques mecânicos, contato com superfícies energizadas, contato com ferramentas perfuro-cortantes, trabalhos em alturas, etc
Ø Muito utilizado como método de reciclagem da equipe que participará dos serviços |
HAZOP
Análise de Perigos e Operabilidade |
Ø Técnica utilizada para a identificação dos desvios e consequências existentes em unidades industriais, desde o seu projeto, e sua classificação em termos de frequência de ocorrência, severidade e risco
Ø Avaliação e resultados mais detalhados Ø Requer mais recursos e informações das instalações Ø Pode avaliar também os efeitos operacionais, além de abordar problemas para segurança e meio ambiente Ø Classifica o cenário em termos de Frequência, Severidade e Risco, permitindo a hierarquização das Recomendações |
Ø Plantas de processo mais complexas que parque de estocagem
Ø Plantas químicas ou petroquímicas, onde existe o interesse em se estudar mais profundamente cada possível causa de ocorrências para os diversos tipos de desvios de processo, indo além das análises de liberação por vazamento ou ruptura |
AST
Análise de Segurança da Tarefa |
Ø Utilizado para identificar perigos e potenciais acidentes que podem ocorrer durante a execução da tarefa
Ø Determinar equipamentos e controles apropriados para reduzir o risco Ø Possibilitam a utilização de análises anteriores como referência Ø Conjunto de perigos parecidos com os utilizados na APPS Ø Recomendações geradas pelas análises podem atuar sobre a causa ou efeito Ø Não Classifica o cenário em termos de Frequência, Severidade e Risco, não permitindo a hierarquização das Recomendações Ø Não existe a necessidade de elaboração de nova AST a cada serviço executado. A AST é padrão para a Tarefa Ø Apenas observa os aspectos relacionados à tarefa |
Ø Utilizada para estudos de tarefas
Ø Objetivo principal de se encontrar um caminho seguro para execução de uma dada função especificada (tarefa), sem preocupação específica com o entorno |
What if | Ø Técnica de brainstorm sobre um determinado processo
Ø Avaliação de possíveis desvios de projeto, construção, modificação ou operação de um sistema Ø Identificadas possíveis situações acidentais, suas consequências, se existem ou não salvaguardas, e então sugerem alternativas para redução do risco Ø Não Classifica o cenário em termos de Frequência, Severidade e Risco, não permitindo a hierarquização das Recomendações |
Ø Utilizada para estudos de tarefas
Ø Objetivo principal é forçar a reflexão quanto ao entorno da área em que se vai avaliar uma tarefa |
EXEMPLOS DE PLANILHAS PARA CADA TÉCNICA
APPP OU APRP – ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS/RISCO DE PROCESSO
APPS – ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS EM SERVIÇOS
HAZOP – HAZARD AND OPERABILITY ANALYSIS
AST – ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCO DE UMA TAREFA
WHAT IF – E SE…?
Autor: Antonio Claudio Murilo – Consultor RSE
O mês de junho chegou trazendo as festas juninas. É época de confraternização ao lado da fogueira, época de dançar forró agarradinho, de comer canjica, “minduins” e beber licor de jenipapo, época de soltar fogos de artifício, bombas de “mil” e espadas.
As festas começam com a trezena de Santo Antonio, santo casamenteiro, santo de maior adoração do povo nordestino. Dia treze de junho é o dia de pegar o pão dos pobres e dia de juntar as famílias em torno dos altares montados para louvar Santo Antonio. Após a “reza” é hora de festejar. Entre os dias 14 e 23 de junho, o nordestino passa o tempo preparando a festa de São João. Começa a montar a fogueira, compra fogos de artifício, escolhe a roupa de caipira, debulha milho para canjica, cozinha “minduins” e prepara o licor de jenipapo. Na noite do dia 23 a festa corre solta, tem quadrilha, casamento na roça, “pula fogueira”, muito licor e muita alegria. No dia 29, dia de São Pedro, o caipira finaliza o mês de junho com mais arrasta-pé, consome tudo o que sobrou do São João e começa a resenhar sobre o que aconteceu e planejar as festas do próximo ano.
O quadro bucólico acima é o ideal de todos aqueles que gostam de São João, porém devemos estar cientes que acender fogueira, soltar fogos de artifício e consumir bebidas alcóolicas é extremamente perigoso e pode causar acidentes e consequências catastróficas.
Por ser intuitivo, de fácil percepção e fornecer detalhes para suporte à tomada de decisão com base nos riscos de um determinado cenário, fizemos análise de riscos qualitativa, utilizando a ferramenta BowTie. O estudo definiu o PERIGO, que tem o potencial de causar danos em caso de perda de controle; o EVENTO TOPO, que é o desvio do estado desejado; as AMEAÇAS ou causas do evento; as CONSEQUÊNCIAS do evento e por fim, as BARREIRAS, que são os controles preventivos ou mitigatórios do evento.
A figura abaixo mostra o diagrama Bowtie completo para o Perigo “Incêndio” e evento topo “Queima da fogueira de São João”.
Baseado nas informações do diagrama Bowtie, para a queima da fogueira de São João, devemos:
- Respeitar distância mínima de 50 metros da vegetação.
- Limpar o local onde será feita a fogueira e colocar areia entre o solo e os troncos.
- A fogueira deve ter altura máxima de 1,5m.
- A fogueira deve estar em local aberto.
- Não montar a fogueira próxima à rede elétrica.
- O montador da fogueira não deve ter consumido bebidas alcóolicas.
- Não utilizar materiais combustíveis ou inflamáveis.
- Evitar brincadeiras perto da fogueira.
- Redobrar o cuidado com as crianças.
- Evitar ambientes com muita fumaça.
Caso o evento topo tenha saído de controle, seguir as “recomendações” mitigatórias:
- Lavar a queimadura com água corrente.
- Não usar produtos sem orientação médica.
- Procurar pronto atendimento.
- Chamar o Corpo de Bombeiros.
- Chamar a concessionário de energia elétrica.
- Manter distância segura.
Além das “barreiras” vistas no diagrama Bowtie, durante o período junino vamos seguir as orientações abaixo:
- Ao comprar fogos de artifício, observe se a loja é autorizada a vender o produto.
- Observar se a caixa do produto traz o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
- Verificar a faixa etária permitida do produto.
- O “fogueteiro” não deve ter consumido bebidas alcóolicas.
- Sempre utilizar os fogos em local afastado das pessoas, em áreas abertas e sem fiação elétrica e sem árvores próximas.
- Soltar rojões utilizando um suporte, e não diretamente na mão.
- Não reaproveitar os artefatos que não funcionaram.
- Redobrar o cuidado com as crianças.
- Proteger os olhos contra claridade, fumaça e fragmentos (provenientes da queima dos fogos de artifício).
- Não existe segurança em soltar balões. Fabricar, vender, transportar e soltar balões é crime.
- Caso haja chamas na pessoa acidentada, abafar o local, jogar água ou rolar no chão. Após apagada ou caso não tenha havido chama, é necessário resfriar o local queimado com água, proteger com pano limpo e procurar atendimento médico para os devidos cuidados.
Durante as festas juninas, e como em tudo na vida, devemos sempre colocar a segurança em primeiro lugar, se possível, não acenda fogueiras ou solte fogos de artifício, prefira a confraternização segura, o arrasta-pé, o forró e as comidas típicas. E nunca, nunca mesmo, solte balões.